terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Matéria: júri-simulado


Juri Simulado A VITÓRIA DOS TRANGÊNICOS

Reportagem: Belany, Polyana, Tiago, Vitória.

Na ultima quinta-feira, foi decidido, em juri simulado durante a disciplina de Política e Gestão Ambiental, sobre a legalidade do uso de organismos transgênicos em território nacional. A princípio, parecia claro uma decisão favorável à proibição, porém por volta das 19h45 do dia 26 de novembro, os juízes optaram pela continuidade do uso organismos geneticamente modificados. Por que isso ocorreu tendo em vista que a opinião pública mostrava-se contrária aos transgênicos?

No decorrer do julgamento a acusação mostrou-se pouco articula, mal informada e insistente e repetir os mesmo argumentos. Em determinado momento uma das advogadas de acusação afirmou não haver como confirmar realmente se transgênicos causam danos à saúde. Fato já comprovado por pesquisas de fácil acesso público.
Inicialmente, as declarações do ministro da Agricultura Pecuária e Abastecimento e a da ministra Meio Ambiente já mostravam o tom em que o juri se seguiria., enquanto o ministro Reinhold Stephanes mostrava pragmático e seguro quanto suas afirmação a ministra Marina Silva demonstrava-se movida principalmente por seu lado emocional.

Aparentemente a acusação se encontrava muito confiante que apenas a rejeição da opinião pública seria suficiente para a vitória no julgamento. Consequentemente, não se preocupou em investigar à fundo os revezes da implementação que organismos geneticamente modificados trazem à saúde e os riscos ao meio ambiente. As testemunhas foram mal utilizadas. Após seu depoimento, a pesquisadora, que afirma ter tido a vida arruinada pela Monsanto, ao denunciar os malefícios do uso dos transgênicos pela gigante transnacional afirma ter sido “abandonada” pela advogada de acusação durante seu depoimento.

Porém, o desfecho do julgamento não foi devido apenas à falhas na acusação. A defesa mostrava-se coesa e e levantava argumentos relevantes, trazendo testemunhas de peso, como Margaret Thatcher, representante da Associação dos Agricultores Latino Americanos. Enquanto a acusação se ateve apenas à utilização de transgênicos na produção agrária, especialmente ao fazer críticas à empresa de biotecnologia Monsato, a defesa foi inteligente em explicar a importância do microorganimos transgênicos na produção de maciamentos como insulina, vacinas e medicamentos de combata ao câncer e HIV com custo relativamente mais baixo, tornado esse medicamentos amis disponíveis à população, mostrando que transgênicos tem utilização bem mais ampla. Além disso, foi frisado também frisou que a utilização de variedades transgênicas poderia diminuir casos de intoxicação com produtos químicos utilizados na lavoura comum devido a menor demanda de agrotóxicos em culturas geneticamente modificadas.
Sobre os críticos dos transgênicos, uma das principais testemunhas de defesa, o professor da Universidade Federal de Pernambuco, inclusive, definiu bem boa parte na má vontade da população e contra os transgênicos, como sendo devido a “militância por militância” e que a resistência da população contra os transgênicos é parte no medo natural contra novas tecnologias ainda não muito bem compreendidas pelo público.
Porém o testemunho mais decisivo no decorrer do juri foi de um ex-sem terra, hoje proprietário rural que afirmou que seu sucesso foi devido a sua opção pelo plantio de transgênicos, que são mais produtivos e produzem grãos de melhor qualidade. Também citou exemplos de ex-colegas sem terra que optaram por pelo cultivo de grãos orgânicos seguindo o programa de uma ONG contra transgênicos que perderam a colheita e passaram fome devido à estiagem.
Os advogados e testemunhas de acusação rebateram o argumento de que os transgênicos matariam a fome no mundo afirmando que os alimentos produzidos atualmente seriam capazes de acabar com esse problema e que a fome ainda existe devido a má distribuição e o desperdício dos alimentos. Argumentaram ainda que é importante que haja uma precaução no tocante à sua produção.
A partir das suas avaliações, os mediadores propuseram alternativas para o caso de ser aprovado o cultivo dessas espécies geneticamente modificadas no Brasil. Entre essas alternativas podemos citar, a proibição ou controle desses transgênicos em áreas que possam promover a contaminação de plantações vizinhas de produtores adeptos de outro tipo de cultivo, a rotulagem dos produtos, informando a população se o alimento é transgênico ou não.

Os juízes foram favoráveis à permanência do plantio das culturas geneticamente modificadas em território brasileiro, desde que observados os cuidados previamente estabelecidos em lei.


Enviado por: Polyana Santos

Postado por: Aninha Caldas

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